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3 de abr. de 2014

Resenha: Confie em Mim

Título: Confie em Mim
Título Original: Hold Tight 
Autor: Harlan Coben
ISBN: 9788599296462
Editora: Arqueiro
Ano: 2011
Páginas: 317
Skoob


     Este foi o primeiro livro do Harlan Coben que eu li, e posso dizer que foi amor à primeira lida. Ele criou personagens e estórias interessantes, sempre com um toque de suspense que nos faz suspirar. Em “Confie em mim” há estórias aparentemente soltas e aleatórias, mas ao longo do mistério de cada uma nos perguntamos: O que esta estória tem a ver com as demais? O que este personagem diz respeito ao outro? Existe alguma ligação entre eles ou é apenas coincidência?
     Tia Baye é advogada e Mike Baye é médico cirurgião. Eles têm dois filhos. Adam é um deles; e depois da morte do seu melhor amigo, Spencer Hill, ele passou a agir de uma forma diferente, o que preocupou seus pais. Por isso Tia teve a ideia de monitorar tudo o que Adam fazia no computador. Foi aí que eles viram a mensagem enviada por um anônimo: “Fica de bico calado que a gente se safa”.
     Por outro lado, Jill, a filha caçula, não causa nenhum problema aos pais, e mesmo aos 11 anos de idade já vem aparentando certa maturidade. O problema é com sua amiga, Yasmim, que é alvo de piadas na escola por conta de um comentário feito por um professor a respeito de pelos no rosto. Jill sempre está ao seu lado segurando a barra, mas Yasmim via ficando cada vez mais triste e com raiva, e pode acabar piorando.
     Susan Loriman e vizinha doa Baye, e seu filho, Lucas, está muito doente, precisado urgentemente de um transplante. Enquanto Dr. Baye e sua parceira estão procurando possíveis doadores de rins, acabam descobrindo algo intrigante. Eles devem contar o que descobriram ou manter em segredo é a opção mais segura?
     Spencer Hill se suicidou. Sua mãe Betsy, acha que deveria ter cuidado melhor do seu filho e ter percebido que ele havia mudado. Tentando sobreviver com essa culpa, visita frequentemente um site feito em homenagem ao filho, até que encontra uma foto dele no dia de sua morte que causa suspeita. Será que Spencer realmente suicidou-se?
     Em paralelo a esses casos outras narrativas surgem. Nash já fez duas vítimas ficarem com seus rostos desfigurados. Ele diz que está cumprindo uma promessa que fez à mulher, mas demoramos a descobrir de que promessa se trata.
     Sr. Coben nos faz ter curiosidade para tentar desvendar os mistérios do enredo, além de explorar bastante o universo familiar e seus conflitos. Até que ponto os pais devem interferir na privacidade dos filhos? Quais são os limites? Oque se pode fazer para confiar e merecer confiança?

“A confiança é assim. Podemos quebra-la pelos melhores motivos do mundo, mas ela permanecerá quebrada para sempre.”

     Para os amantes de romances policiais, “Confie em mim” é uma ótima escolha. E para quem ainda não leu um livro do gênero, é um bom começo.

     Boa leitura!

27 de fev. de 2014

Resenha: Divergente

Título: Divergente
Autor: Veronica Roth
ISBN: 9788579801310
Editora: Rocco
Ano: 2012
Páginas: 504
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                                         Sinopse
     Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.
   A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.
   E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.

         Cara, simplesmente amei este livro. Sem palavras.

                                                       FIM

      Na verdade, tenho algo a dizer, sim. Adoro distopias e obviamente não pude deixar de ler esta. Não lembro como conheci Divergente (em 2012, eu acho), mas li duas vezes e posso dizer que Roth fez um ótimo trabalho.
     Há muitos que comparam Divergente com Jogos Vorazes, mas a única semelhança que eu vejo é que é uma distopia, apenas. Vejam o porquê.
     Beatrice (Tris) é uma garota que vive em uma Chicago, que após muitas guerras, ficou totalmente diferente – seu território foi dividido em cinco facções.

“Os que culpavam a agressividade formaram a Amizade. [...] Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição. [...] Os que culpavam a duplicidade fundaram a Franqueza. [...] Os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação. [...] E os que culpavam a covardia se juntaram a Audácia.”

     Todos os jovens que completam 16 anos devem escolher na Cerimônia de Escolha, qual facção eles vão seguir, e para isso que serve o Teste de Aptidão. E chega a vez de Beatrice. Mas os resultados do seu teste são inconclusivos, porque seu perfil se encaixa em mais de uma facção – o que não é nada comum –, por isso ela é Divergente. E agora corre grande perigo.

               “Eu sou Divergente. E eu não posso ser controlada.”

     Após isso, todo o enredo se passa na sede da audácia (facção escolhida por Tris), e desde já começa toda ação e desafios, pois se trata de vencer os medos, enfrentá-los. Os personagens passam por “momentos desesperados que pedem medidas desesperadas”, pois nem todos passarão da iniciação, que exige força, coragem – e por que não dizer? – crueldade.

Quatro e Tris

     A respeito dos personagens, devo dizer que todos são totalmente diferentes, cada um com o seu jeito, até porque muitos vieram de diferentes facções. Detalhe: não sei o porquê, mas quando li imaginei o Quatro e Will negros. Tentei mudar a cor deles na minha imaginação, pois Tris não diz que são negros, e depois de muito esforço, consegui.
     Uma coisa legal que está implícita, mas que é interessante é o fato de como o livro trata das características físicas. Tris – logo a personagem principal – é descrita como uma garota pequena, aparentemente fraca e de aparência normal. E o Quatro se apaixona por sua personalidade.

“Certo. Você não é bonita. E então? (...) Eu gosto de como você é. Você é mortalmente inteligente. Você é valente. (...)”

     A beleza não é tratada como algo primordial, e sim aborda cada personalidade de cada facção.
     O final do livro é tipo um PÁ, uma surpresa bastante intrigante. E se você achou Divergente muito agitado, não se assusta com Insurgente (segundo livro da trilogia). Infelizmente já fui golpeada com spoiler de Convergente (terceiro livro), o que me deixou muito triste, mas não me impedirá de lê-lo também.


Veronica Roth
     A ausência de explicações em relação à população fora de Chicago e o que acontece ao seu redor foi o que me fez dar pontos para a autora, pois isto cria um ar de mistério e dúvidas, afinal, é uma série, e precisa ser desvendada aos poucos para dar um gostinho de “quero mais”.
     Divergente é o livro de estreia da autora Veronica Roth, e já está com data marcada para estreia no cinema. Tris será interpretada por Shailene Woodley – que eu achei perfeita para representar a personagem – e Theo James fará o papel de Quatro. Será lançado aqui no Brasil em 17 de abril deste ano! Espero que o filme seja fiel ao livro.

Ah, acabei de escrever essa resenha às 4:20 (ui, sou VID4 L0K4 rsrs)

     Até a próxima!

     

24 de fev. de 2014

Resenha: Anna e o Beijo Francês

Título: Anna e o Beijo Francês
Autor: Stephanie Perkins
ISBN: 9788563219329
Editora: Novo Conceito
Ano: 2011
Páginas: 288
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                                         Sinopse
     Anna Oliphant tem grandes planos para seu último ano em Atlanta: sair com sua melhor amiga, Bridgette, e flertar com seus colegas no Midtown Royal 14 Multiplex. Então ela não fica muito feliz quando o pai a envia para um internato em Paris. No entanto, as coisas começam a melhorar quando ela conhece Étienne St. Clair, um lindo garoto –que tem namorada. Ele e Anna se tornam amigos mais próximos e as coisas ficam infinitamente mais complicadas. Anna vai conseguir um beijo francês? Ou algumas coisas não estão destinadas a acontecer?

     Étienne St. Clair. Que maneira linda de se começar uma resenha! Mas não é este o protagonista de estória. Anna e o Beijo Francês fala sobre Anna (NAAÃO, sério?), 17 anos, futura crítica de cinema, que é mandada pelo pai à França, contra sua vontade. Deixa sua melhor amiga, seu emprego, e Toph –seu quase namorado, para estudar na School of America in Paris (SOAP).
     Quando chega, ela se vê totalmente deslocada e insegura com todos aqueles merci e oui oui, até porque nunca fora boa em línguas. Mas logo logo faz amigos –Meredith, Rashimi, Josh e o lindo, popular, engraçado, fofo, espontâneo, americano-inglês-francês e comprometido St. Clair. Anna e St. Clair se tornam melhores amigos.
     O romance entre os dois é leve e bastante divertido. Mas à medida que Anna se apaixona mais por ele, mais pensa que é um erro, pois ele tem namorada –a Ellie. Porém as coisas se intensificam mais com os problemas que surgem em relação a mãe, e os limites impostos pelo tão odiado pai do garoto. Eles brigam, discutem, ficam sem se falar, mas se reaproximam novamente.
               “Como posso ter acreditado, por um momento, que não estava apaixonada por ele?”
     A cada página ansiei pela parte tão esperada do beijo francês entre o garoto que tem medo de altura e a garota que tem mania de organização.
     Este livro mostra o quão difícil é a mudança, se desfazer de algumas coisas e se agarrar a outras. Independência. Trata de amizade, de que “todos os amigos brigam”. Além disso, serve como um ótimo guia turístico. Ao lê-lo fiz uma verdadeira viagem literária à Cidade Luz, cada página me levou a conhecer as belezas parisienses.
     A autora americana Stephanie Perkins também lançou o segundo livro da série “Lola e o Garoto da Casa ao Lado” (que eu já li, mas garanto que este é melhor) e o seu terceiro “Isla e o Felizes Para Sempre” chegou às livrarias americanas em 2013. Perkins simplesmente me cativou por sua escrita divertida e por seu cabelo colorido.
     Confesso que à primeira vista, o livro me parecer ser um romance meloso –por conta do título, acho– ,água e sal. Porém, superou minhas expectativas, e logo a parir das primeiras páginas não quis larga-lo. Fez aumentar minha vontade de aprender francês e viajar à Paris. Li duas vezes e provavelmente lerei novamente. Com certeza se tornou um dos meus livros de cabeceira.

     Identifiquei-me muito com a parte em que Anna critica os livros do seu pai, que é autor de best-sellers dramáticos e melosos (o que me lembra muito o Nicholas Sparks). Todos eles falam de pessoas que se apaixonam e morrem de câncer no final (o que realmente acontece em muitas obras). Por que não mostrar pessoas que vencem a doença e têm um final feliz?
          “Para nós dois, casa não é um lugar. É uma pessoa. E nós finalmente estamos em casa.”


21 de jan. de 2014

Resenha: Maze Runner – Correr ou Morrer

Título: Maze Runner– Correr ou Morrer
Autor: James Dashner
ISBN: 978-85-7683-247-8
Editora: V&R
Ano: 2010
Páginas: 426
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                                         Sinopse
   
    Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho. Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam "A Clareira", um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo. Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr... correr muito.

      Maze Runner – Correr ou Morrer é o primeiro livro da série do autor James Dashner, lançado em 2010 aqui no Brasil. A saga contém mais três livros- Prova de Fogo, A Cura Mortal e Ordem de Extermínio. Também será adaptado para as telas do cinema, com estreia em setembro deste ano (2014), protagonizado pelo ator Dylan O'Brien.
     Minha paixão por livros distópicos fez com que eu comprasse Maze Runner assim que vi a sinopse, e como eu comprei pelo Submarino, infelizmente, tive que esperar longos dias úteis para ler esta obra maravilhosa. Este best-seller fez a velocidade do meu coração aumentar nas partes de suspense, me fez ficar com medo. O James Dashner me fez gostar tanto da estória, que eu consegui ler 426 páginas em 6 dias, pois eu não conseguia largá-lo, queria descobrir todas as respostas.
     Correr ou Morrer conta a história de um garoto, que acorda num elevador escuro, sem saber o porquê de estar ali. A única coisa que resta de sua memória é o seu nome– Thomas–, mas o seu passado foi apagado da sua mente. Quando a caixa de metal se abre, ele se vê rodeado por vários garotos, mais ou menos da mesma idade, olhando para ele.
     Apesar de Thomas querer prontamente saber o que estava acontecendo, perguntando a quem fosse, os clareanos – jovens que vivem na Clareira– não se preocupavam em contar tudo de uma só vez. A cada página e capítulo descobrimos com o protagonista sobre a organização do lugar, a divisão de tarefas, regras, suas gírias. Ficamos por dentro também do mistério e o enigma que envolve o labirinto; os verdugos, que são criaturas horrendas que são mandados para lá toda noite.
     A partir do seu primeiro dia na Clareira, tudo começa a mudar. Mesmo com a segurança das portas (que se encontram no centro de cada muro do labirinto) que são abertas de dia e fechadas durante a noite, mantendo os verdugos distante, tudo começa a mudar. Sua chegada foi um sinal de mudança. Mas sinal ainda maior é quando a caixa metálica chega com mais um habitante. Porém, desta vez é trazida uma GAROTA, um fato incomum. E um sinal incrivelmente maior: ela traz consigo um bilhete, um aviso. Eles precisam correr, correr muito!
     Embora a narrativa seja em 3º pessoa, eu ainda consegui estar próxima aos personagens, e fui cativada por cada um, especialmente o Chuck– primeiro amigo que Thomas faz– e Newt, que dão toque de comédia. A leitura não é nem um pouco cansativa, pois contém capítulos pequenos e sempre está ocorrendo um fato que chama totalmente a atenção do leitor. O mais legal desta obra é que o próprio personagem não sabe quem é, onde está ou quem o mandou para lá. Foi o principal motivo que me fez envolver completamente com a ficção. Fez-me ficar ansiosa para o desenrolar dos fatos.
     Se você gosta de mistério e suspense (assim como eu), te garanto que você irá passar a madrugada lendo este livro e ficará com ressaca pela manhã. Entretanto, quem esperava um romance– o mínimo de romance que fosse– não encontrará neste primeiro volume da série. Mas não se decepcione! Essa ficção é repleta de dúvidas, todo trabalhado num suspense psicológico, que faz os leitores ansiarem por mais páginas. Provavelmente, o segundo livro traga tal gênero tão desejado por nós.
     Este livro fará seu coração pulsar mais rápido, juro.