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27 de fev. de 2014

Resenha: Divergente

Título: Divergente
Autor: Veronica Roth
ISBN: 9788579801310
Editora: Rocco
Ano: 2012
Páginas: 504
Skoob

                                         Sinopse
     Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.
   A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.
   E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.

         Cara, simplesmente amei este livro. Sem palavras.

                                                       FIM

      Na verdade, tenho algo a dizer, sim. Adoro distopias e obviamente não pude deixar de ler esta. Não lembro como conheci Divergente (em 2012, eu acho), mas li duas vezes e posso dizer que Roth fez um ótimo trabalho.
     Há muitos que comparam Divergente com Jogos Vorazes, mas a única semelhança que eu vejo é que é uma distopia, apenas. Vejam o porquê.
     Beatrice (Tris) é uma garota que vive em uma Chicago, que após muitas guerras, ficou totalmente diferente – seu território foi dividido em cinco facções.

“Os que culpavam a agressividade formaram a Amizade. [...] Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição. [...] Os que culpavam a duplicidade fundaram a Franqueza. [...] Os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação. [...] E os que culpavam a covardia se juntaram a Audácia.”

     Todos os jovens que completam 16 anos devem escolher na Cerimônia de Escolha, qual facção eles vão seguir, e para isso que serve o Teste de Aptidão. E chega a vez de Beatrice. Mas os resultados do seu teste são inconclusivos, porque seu perfil se encaixa em mais de uma facção – o que não é nada comum –, por isso ela é Divergente. E agora corre grande perigo.

               “Eu sou Divergente. E eu não posso ser controlada.”

     Após isso, todo o enredo se passa na sede da audácia (facção escolhida por Tris), e desde já começa toda ação e desafios, pois se trata de vencer os medos, enfrentá-los. Os personagens passam por “momentos desesperados que pedem medidas desesperadas”, pois nem todos passarão da iniciação, que exige força, coragem – e por que não dizer? – crueldade.

Quatro e Tris

     A respeito dos personagens, devo dizer que todos são totalmente diferentes, cada um com o seu jeito, até porque muitos vieram de diferentes facções. Detalhe: não sei o porquê, mas quando li imaginei o Quatro e Will negros. Tentei mudar a cor deles na minha imaginação, pois Tris não diz que são negros, e depois de muito esforço, consegui.
     Uma coisa legal que está implícita, mas que é interessante é o fato de como o livro trata das características físicas. Tris – logo a personagem principal – é descrita como uma garota pequena, aparentemente fraca e de aparência normal. E o Quatro se apaixona por sua personalidade.

“Certo. Você não é bonita. E então? (...) Eu gosto de como você é. Você é mortalmente inteligente. Você é valente. (...)”

     A beleza não é tratada como algo primordial, e sim aborda cada personalidade de cada facção.
     O final do livro é tipo um PÁ, uma surpresa bastante intrigante. E se você achou Divergente muito agitado, não se assusta com Insurgente (segundo livro da trilogia). Infelizmente já fui golpeada com spoiler de Convergente (terceiro livro), o que me deixou muito triste, mas não me impedirá de lê-lo também.


Veronica Roth
     A ausência de explicações em relação à população fora de Chicago e o que acontece ao seu redor foi o que me fez dar pontos para a autora, pois isto cria um ar de mistério e dúvidas, afinal, é uma série, e precisa ser desvendada aos poucos para dar um gostinho de “quero mais”.
     Divergente é o livro de estreia da autora Veronica Roth, e já está com data marcada para estreia no cinema. Tris será interpretada por Shailene Woodley – que eu achei perfeita para representar a personagem – e Theo James fará o papel de Quatro. Será lançado aqui no Brasil em 17 de abril deste ano! Espero que o filme seja fiel ao livro.

Ah, acabei de escrever essa resenha às 4:20 (ui, sou VID4 L0K4 rsrs)

     Até a próxima!

     

24 de fev. de 2014

Resenha: Anna e o Beijo Francês

Título: Anna e o Beijo Francês
Autor: Stephanie Perkins
ISBN: 9788563219329
Editora: Novo Conceito
Ano: 2011
Páginas: 288
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                                         Sinopse
     Anna Oliphant tem grandes planos para seu último ano em Atlanta: sair com sua melhor amiga, Bridgette, e flertar com seus colegas no Midtown Royal 14 Multiplex. Então ela não fica muito feliz quando o pai a envia para um internato em Paris. No entanto, as coisas começam a melhorar quando ela conhece Étienne St. Clair, um lindo garoto –que tem namorada. Ele e Anna se tornam amigos mais próximos e as coisas ficam infinitamente mais complicadas. Anna vai conseguir um beijo francês? Ou algumas coisas não estão destinadas a acontecer?

     Étienne St. Clair. Que maneira linda de se começar uma resenha! Mas não é este o protagonista de estória. Anna e o Beijo Francês fala sobre Anna (NAAÃO, sério?), 17 anos, futura crítica de cinema, que é mandada pelo pai à França, contra sua vontade. Deixa sua melhor amiga, seu emprego, e Toph –seu quase namorado, para estudar na School of America in Paris (SOAP).
     Quando chega, ela se vê totalmente deslocada e insegura com todos aqueles merci e oui oui, até porque nunca fora boa em línguas. Mas logo logo faz amigos –Meredith, Rashimi, Josh e o lindo, popular, engraçado, fofo, espontâneo, americano-inglês-francês e comprometido St. Clair. Anna e St. Clair se tornam melhores amigos.
     O romance entre os dois é leve e bastante divertido. Mas à medida que Anna se apaixona mais por ele, mais pensa que é um erro, pois ele tem namorada –a Ellie. Porém as coisas se intensificam mais com os problemas que surgem em relação a mãe, e os limites impostos pelo tão odiado pai do garoto. Eles brigam, discutem, ficam sem se falar, mas se reaproximam novamente.
               “Como posso ter acreditado, por um momento, que não estava apaixonada por ele?”
     A cada página ansiei pela parte tão esperada do beijo francês entre o garoto que tem medo de altura e a garota que tem mania de organização.
     Este livro mostra o quão difícil é a mudança, se desfazer de algumas coisas e se agarrar a outras. Independência. Trata de amizade, de que “todos os amigos brigam”. Além disso, serve como um ótimo guia turístico. Ao lê-lo fiz uma verdadeira viagem literária à Cidade Luz, cada página me levou a conhecer as belezas parisienses.
     A autora americana Stephanie Perkins também lançou o segundo livro da série “Lola e o Garoto da Casa ao Lado” (que eu já li, mas garanto que este é melhor) e o seu terceiro “Isla e o Felizes Para Sempre” chegou às livrarias americanas em 2013. Perkins simplesmente me cativou por sua escrita divertida e por seu cabelo colorido.
     Confesso que à primeira vista, o livro me parecer ser um romance meloso –por conta do título, acho– ,água e sal. Porém, superou minhas expectativas, e logo a parir das primeiras páginas não quis larga-lo. Fez aumentar minha vontade de aprender francês e viajar à Paris. Li duas vezes e provavelmente lerei novamente. Com certeza se tornou um dos meus livros de cabeceira.

     Identifiquei-me muito com a parte em que Anna critica os livros do seu pai, que é autor de best-sellers dramáticos e melosos (o que me lembra muito o Nicholas Sparks). Todos eles falam de pessoas que se apaixonam e morrem de câncer no final (o que realmente acontece em muitas obras). Por que não mostrar pessoas que vencem a doença e têm um final feliz?
          “Para nós dois, casa não é um lugar. É uma pessoa. E nós finalmente estamos em casa.”